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Reflexões para o ano que se inicia

É inevitável. Sempre que um novo ano chega, surgem novas promessas de mudanças. Mudar é necessário, porém nem sempre é fácil. O desejo de mudança existe, mas no dia a dia, na hora da ação, quando percebemos, os mesmos hábitos permanecem.

Quem sabe neste ano você pode contar com a ajuda de dois instrumentos: o relógio e a bússola?

O RELÓGIO
Você já deve ter ouvido alguém falar que o dia deveria ter mais horas para ser o suficiente para realizar tantas atividades. Ou deve ter ouvido ou mesmo falado a frase: Eu não tenho tempo.

O fato é que o relógio não mente. Todos temos 24 horas por dia e gerenciar bem o nosso tempo é mais que uma tarefa desafiadora. Por vezes, é questão de sobrevivência. Temos nossos trabalhos, parceiros, familiares, desenvolvimento intelectual; enfim, são muitas exigências. Muitas delas, exigências próprias.
Para isso, algumas dicas para você refletir o que anda fazendo com seu tempo podem ser interessantes:

• Saiba delegar – Não somos obrigados a abraçar o mundo e não estamos sozinhos nessa viagem. Muitas vezes precisamos diminuir nossas expectativas e saber dividir as tarefas. Questão de confiança e saber trabalhar em equipe. A saúde física e mental agradecem.

• Priorize o essencial – Foco é necessário. Saiba priorizar o essencial. Muitas vezes ele começa por você mesmo. Cuidar da sua saúde, separando uma parte do seu dia para o seu descanso, alimentação e outros cuidados físicos.

• Verifique o excesso de atividades – Você não está no filme “Sim, Senhor! ”. Saiba dizer não ao que não irá contribuir para o seu desenvolvimento e bem-estar.

• Organize seu futuro na agenda, mas se concentre no presente – Acredito que dois dos grandes ladrões de tempo sejam a o saudosismo e a ansiedade. Importante lembrar nosso passado e planejar nosso futuro. Mas o que temos, de verdade, é apenas o nosso presente. E não tem esse nome por acaso. Saiba dar valor a ele, pois só nos é doado uma única vez.

Com todas essas dicas é possível rever determinadas atitudes e talvez fazer “render” melhor nosso tempo.

Mas de que adianta um relógio preciso se sua bússola está desorientada?

A BÚSSOLA
Visão, valores, princípios, consciência, direção são palavras que podem ser associadas à imagem da bússola. Atualmente contamos com instrumentos mais eficazes, mas o seu papel é apenas nos mostrar a localização e os melhores trajetos para se chegar a determinado ponto. A escolha do destino continua sendo nossa. A menos que a pessoa se deixe levar pela vida como a conhecida metáfora do barquinho abandonado à própria sorte.

Na era atual, a liberdade para fazer escolhas é ampla. Nossa cultura muda constante e drasticamente derrubando padrões que inviabilizariam a expressão da individualidade. No entanto, pouquíssimos são os que usam a liberdade para decidir com a própria cabeça, o que as levaria a uma vida mais plena e com significado. Chamo de “bússola interna” a capacidade de fazer escolhas a despeito das mudanças culturais e principalmente de modismos.

O fato é que decidir por si mesmo requer amplo alcance de visão em termos de espaço e de tempo. Quem vê mais tem melhores condições de fazer escolhas a partir de sua definição interna. Não esquecendo que faz-se necessário esforço para suportar as renúncias inerentes a todo processo de construção pessoal.

Questione-se: – Faço boas escolhas? Sei aonde vou? Os princípios – aquilo que mais importa para cada um de nós – dão a sustentação da direção, assim como a agulha que aponta para o Norte. O que difere totalmente de agir no “piloto automático”. O caminhante segura a bússola na própria mão, mas são a clareza da sua mente e do coração que devem colocá-lo em movimento.

Colocar tantas ideias em prática pode não ser tão simples. Requer coragem, determinação, disciplina. Mas vale a pena se há também a decisão de transformação e de melhoria.

Bons tempos para você em 2020, com novos horizontes, perspectivas e realizações!

Elenice Brusque e Eliane Brusque Maccari

Janeiro 2020